SECRETARIA DE POLÍTICA AGRÍCOLA
DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE RISCO RURAL
COORDENAÇÃO-GERAL DE ZONEAMENTO AGROPECUÁRIO
PORTARIA Nº 55, DE 2 DE MARÇO DE 2010
O COORDENADOR-GERAL DE ZONEAMENTO AGROPECUÁRIO, no uso de suas atribuições e
competências estabelecidas pelas Portarias nº 440, de 24 de outubro de 2005, publicada
no Diário Oficial da União de 25 de outubro de 2005, e nº 17, de 6 de janeiro de 2006,
publicada no Diário Oficial da União de 9 de janeiro de 2006, e observado, no que
couber, o contido na Instrução Normativa nº 2, de 9 de outubro de 2008, da Secretaria
de Política Agrícola, publicada no Diário Oficial da União de 13 de outubro de 2008,
resolve:
Art. 1º Aprovar o Zoneamento Agrícola para a cultura de mandioca no Estado de Goiás,
safra 2010, conforme anexo.
Art. 2º Esta Portaria tem vigência específica para a safra definida no art. 1º e
entra em vigor na data de sua publicação.
GUSTAVO BRACALE
ANEXO
1. NOTA TÉCNICA
Grande importância tem sido dada à mandioca - Manihot utilissima, Pohl (Manihot
esculenta, Crantz) - nos últimos anos no Estado de Goiás, devido ao seu grande potencial
de industrialização no que diz respeito à farinha e à fécula, além da
transformação em amidos modificados.
Trata-se de planta rústica, com ampla adaptação às condições mais variadas de
clima e solo. Os principais elementos climáticos que afetam a cultura são: a temperatura
do ar, a radiação solar, o fotoperíodo e o regime hídrico. Suporta altitudes que
variam desde o nível do mar até cerca de 2.300 metros, embora regiões com altitudes de
600 a 800 metros sejam as mais favoráveis para o seu cultivo.
Objetivou-se, com o zoneamento agrícola, identificar as áreas aptas e os períodos de
plantio, com menor risco climático, para o cultivo da mandioca no Estado.
Para a identificação dos municípios aptos e dos períodos de plantio, foram
consideradas a temperatura média anual e o índice hídrico anual baseado no balanço
hídrico seqüencial da cultura, com o uso das seguintes varáveis:
a) precipitação pluvial e temperatura: utilizadas séries históricas com média de
20 anos de registros de 216 estações pluviométricas e 16 climatológicas disponíveis
no Estado;
b) evapotranspiração potencial: estimadas médias decendiais para cada localidade da
estação climatológica, aplicando-se o método de Penman-Monteith/Thorntwait corrigido;
e) disponibilidade máxima de água no solo: estimada em função da profundidade
efetiva das raízes e da capacidade de água disponível dos solos. Consideraram-se os
solos Tipo 1, 2 e 3, com capacidade de armazenamento de água de 75, 100 e 125 mm,
respectivamente;
d) ciclo e fases fenológicas: consideraram-se cultivares de mandioca para mesa:
colheita de 7 a 14 meses após o plantio e mandioca para indústria: colheita de 16 a 24
meses após o plantio; e
e) temperatura do ar: para as localidades que não dispunham de dados, as temperaturas
foram estimadas com a utilização de um modelo de regressão linear múltipla, tomando-se
a latitude, a longitude e a altitude como variáveis independentes.
Para delimitação das áreas aptas, foram considerados o índice hídrico anual (IH) e
a temperatura media anual (Ta), adotando-se os seguintes critérios de risco climático:
a) Baixo risco: 50< IH < 100 e Ta >19º C;
b) Médio risco: -30 < IH < 50 e Ta>19º C.
Foram considerados aptos para o cultivo da mandioca, os municípios que apresentaram
em, no mínimo, 20% de sua área, condições de médio e baixo risco em pelo menos 60%
dos anos avaliados.
2. TIPOS DE SOLOS APTOS AO CULTIVO
São aptos ao cultivo de mandioca no Estado os solos dos tipos 1, 2 e 3, observadas as
especificações e recomendações contidas na Instrução Normativa nº 2, de 9 de
outubro de 2008.
Não são indicadas para o cultivo:
- áreas de preservação obrigatória, de acordo com a Lei 4.771/65 (Código
Florestal) e alterações;
- áreas com solos que apresentam profundidade inferior a 50 cm ou com solos muito
pedregosos, isto é, solos nos quais calhaus e matacões ocupem mais de 15% da massa e/ou
da superfície do terreno.
3. PERÍODOS DE PLANTIO
De 1º de outubro a 30 de novembro
4. CULTIVARES INDICADAS
Ficam indicadas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático, para a cultura de mandioca
no Estado de Goiás, as cultivares de mandioca registradas no Registro Nacional de
Cultivares (RNC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atendidas as
indicações das regiões de adaptação, em conformidade com as recomendações dos
respectivos obtentores/detentores (mantenedores).
Nota: Devem ser utilizados no plantio materiais produzidos em conformidade com a
legislação brasileira sobre sementes e mudas (Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, e
Decreto nº 5.153, de 23 de agosto de 2004).
5. RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS APTOS AO CULTIVO
A relação de municípios do Estado de Goiás aptos ao cultivo de mandioca foi calcada
em dados disponíveis por ocasião da sua elaboração. Se algum município mudou de nome
ou foi criado um novo, em razão de emancipação de um daqueles da listagem abaixo, todas
as indicações são idênticas às do município de origem, até que nova relação o
inclua formalmente.
Abadia de Goiás, Abadiânia, Acreúna, Adelândia, Água Fria de Goiás, Água Limpa,
Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Aloândia, Alto Horizonte, Alto Paraíso de Goiás,
Alvorada do Norte, Amaralina, Americano do Brasil, Amorinópolis, Anápolis, Anhanguera,
Anicuns, Aparecida de Goiânia, Aparecida do Rio Doce, Aporé, Araçu, Aragarças,
Aragoiânia, Araguapaz, Arenópolis, Aruanã, Aurilândia, Avelinópolis, Baliza, Barro
Alto, Bela Vista de Goiás, Bom Jardim de Goiás, Bom Jesus de Goiás, Bonfinópolis,
Bonópolis, Brazabrantes, Britânia, Buriti Alegre, Buriti de Goiás, Buritinópolis,
Cabeceiras, Cachoeira Alta, Cachoeira de Goiás, Cachoeira Dourada, Caçu, Caiapônia,
Caldas Novas, Caldazinha, Campestre de Goiás, Campinaçu, Campinorte, Campo Alegre de
Goiás, Campo Limpo de Goiás, Campos Belos, Campos Verdes, Carmo do Rio Verde,
Castelândia, Catalão, Caturaí, Cavalcante, Ceres, Cezarina, Chapadão do Céu, Cidade
Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Colinas do Sul, Córrego do Ouro, Corumbá de Goiás,
Corumbaíba, Cristalina, Cristianópolis, Crixás, Cromínia, Cumari, Damianópolis,
Damolândia, Davinópolis, Diorama, Divinópolis de Goiás, Doverlândia, Edealina,
Edéia, Estrela do Norte, Faina, Fazenda Nova, Firminópolis, Flores de Goiás, Formosa,
Formoso, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Goiandira, Goianésia, Goiânia, Goianira,
Goiás, Goiatuba, Gouvelândia, Guapó, Guaraíta, Guarani de Goiás, Guarinos, Heitoraí,
Hidrolândia, Hidrolina, Iaciara, Inaciolândia, Indiara, Inhumas, Ipameri, Ipiranga de
Goiás, Iporá, Israelândia, Itaberaí, Itaguari, Itaguaru, Itajá, Itapaci, Itapirapuã,
Itapuranga, Itarumã, Itauçu, Itumbiara, Ivolândia, Jandaia, Jaraguá, Jataí, Jaupaci,
Jesúpolis, Joviânia, Jussara, Lagoa Santa, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Mairipotaba,
Mambaí, Mara Rosa, Marzagão, Matrinchã, Maurilândia, Mimoso de Goiás, Minaçu,
Mineiros, Moiporá, Monte Alegre de Goiás, Montes Claros de Goiás, Montividiu,
Montividiu do Norte, Morrinhos, Morro Agudo de Goiás, Mossâmedes, Mozarlândia, Mundo
Novo, Mutunópolis, Nazário, Nerópolis, Niquelândia, Nova América, Nova Aurora, Nova
Crixás, Nova Glória, Nova Iguaçu de Goiás, Nova Roma, Nova Veneza, Novo Brasil, Novo
Gama, Novo Planalto, Orizona, Ouro Verde de Goiás, Ouvidor, Padre Bernardo, Palestina de
Goiás, Palmeiras de Goiás, Palmelo, Palminópolis, Panamá, Paranaiguara, Paraúna,
Perolândia, Petrolina de Goiás, Pilar de Goiás, Piracanjuba, Piranhas, Pirenópolis,
Pires do Rio, Planaltina, Pontalina, Porangatu, Porteirão, Portelândia, Posse, Professor
Jamil, Quirinópolis, Rialma, Rianápolis, Rio Quente, Rio Verde, Rubiataba,
Sanclerlândia, Santa Bárbara de Goiás, Santa Cruz de Goiás, Santa Fé de Goiás, Santa
Helena de Goiás, Santa Isabel, Santa Rita do Araguaia, Santa Rita do Novo Destino, Santa
Rosa de Goiás, Santa Tereza de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Santo Antônio da
Barra, Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, São Domingos, São
Francisco de Goiás, São João da Paraúna, São João d'Aliança, São Luís de Montes
Belos, São Luíz do Norte, São Miguel do Araguaia, São Miguel do Passa Quatro, São
Patrício, São Simão, Senador Canedo, Serranópolis, Silvânia, Simolândia, Sítio
d'Abadia, Taquaral de Goiás, Teresina de Goiás, Terezópolis de Goiás, Três Ranchos,
Trindade, Trombas, Turvânia, Turvelândia, Uirapuru, Uruaçu, Uruana, Urutaí,
Valparaíso de Goiás, Varjão, Vianópolis, Vicentinópolis, Vila Boa e Vila Propício.
D.O.U., 04/03/2010 - Seção 1